Ovelha perdida,… longe do rebanho

Ter o cão como companheiro,
e a dura calçada como cama,
é dura a vida do mendigo,
e você, no conforto do seu lar,
ainda reclama.
A devoradora companheira fome,
e o amigo frio que congela os ossos,
jornais e papelões são os lençóis,
e o colchão é o vazio,…
que a dor da morte quase não suporta.
Gélidos, fétidos e encardidos trapos
cobrem restos de prisão d’alma.
Dorme como se estivesse morto,
o céu seria melhor lugar.
Sofrimento, sono, sonho etílico
os levam além da vida, mas ainda não
chegou a sorte,…

morador-de-rua
Não sei se é sono ou se é morte,
tanto abandono que talvez o
“cadáver-vivo” não suporte.
Ao ver moradores de rua,
sinto a minh’alma despida,
realidade miserável e nua.
Todos moramos na rua,
separados apenas pelos muros
da desigualdade, pelas grades de ferro
e aço, falta de espaço e projeto.
O conforto tem teto, comida boa, luz, banho,…
O miserável fede,…e tem o mundo como teto,
ovelha perdida, longe do rebanho.

Imprimir artículo Imprimir artículo

Comparte este artículo

Deja un comentario

Por favor ten presente que: los comentarios son revisados previamente a su publicación, y esta tarea puede llevar algo de retraso. No hay necesidad de que envíes tu comentario de nuevo.